Principais doenças Cardiovasculares - 01 de 06
O aumento da sobrevida média das pessoas
Os avanços da medicina, aumentaram a sobrevida média das pessoas, como consequência, cerca de 12% da população brasileira têm idade superior a 65 anos e o grupo que mais cresce hoje, é o das pessoas com mais de 80 anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde, idosa é a pessoa com 60 anos de idade ou mais. A idade é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, que são, de longe, a principal causa de morte na população geriátrica. Atualmente, sabemos que o fator idade não é impeditivo para a instituição de tratamentos voltados as doenças cardiovasculares, pelo contrário, esse segmento da população é o que mais precisa dessas opções terapêuticas.
A heterogeneidade é uma característica do envelhecimento. Assim, podemos nos deparar com idosos cardiopatas institucionalizados, com uma série de doenças e incapacidades, ou com idosos ativos e absolutamente independentes. Esta diferença deve-se principalmente à presença de comorbidades. As peculiaridades de comportamento estão presentes nas manifestações das doenças e até mesmo entre os fatores de risco. A baixa frequência das manifestações dolorosas no infarto agudo do miocárdio é um exemplo de peculiaridade.
As 6 Principais doenças cardiovasculares
As principais doenças cardiovasculares em idosos causadas pelas alterações fisiológicas explicadas acima e, nas quais, muitas delas são exacerbadas pela idade, são:
- Miocardiopatia Hipertrófica
- Insuficiência Cardíaca - (em breve matéria)
- Hipertensão Arterial - (em breve matéria)
- Doença Arterial Coronariana - (em breve matéria)
- Doenças das Válvulas Cardíacas - (em breve matéria)
- Arritmias Cardíacas - (em breve matéria)
Miocardiopatia Hipertrófica:
Essa é uma doença cardíaca que pode ser inicialmente diagnosticada em qualquer fase da vida, inclusive na terceira idade é caracterizada pelo aumento do musculo caríaco e pode causar a longo prazo dilatação e evoluir para Insuficiência cardíaca.
Os idosos ainda permanecem excluídos de grandes estudos randomizados e quando não representem adequadamente os pacientes que encontramos na “vida real”. Alguns estudos demostraram que mesmo as melhores diretrizes podem levar a consequências indesejadas morbidades. Ao revisar nove diretrizes de condições crônicas comuns, oito não contemplaram que os benefícios podem variar conforme fatores ligados ao paciente, como por exemplo, a expectativa de vida. Além disso, cinco diretrizes sequer contemplaram as co-morbidades. Portanto o ideal na população geriátrica é a realização de tratamento individualizado, levando em consideração os limites das diretrizes.
O resultado das intervenções é determinado pela doença, pelo doente e pelo tipo de tratamento. A idade por si não deve determinar as condutas e as expectativas do paciente e de seus familiares devem ser priorizadas. No idoso são frequentes condições crônicas que determinam o prognóstico de um paciente com a doença aguda. Assim, muitas vezes optamos pelo controle de sintomas ou pelo conforto do paciente ao invés de buscar a cura completa. Análise das condições socioeconômicas também ajuda a determinar a melhor opção terapêutica, assim como a melhor aderência ao tratamento.